O governo israelense aceitou o cessar-fogo não por preocupação com as vidas dos civis ou dos prisioneiros, mas para melhorar sua imagem e a imagem do exército israelense diante do mundo.
Os responsáveis em Israel perceberam que há um perigo existencial real, não apenas de Hamas ou da resistência palestina, mas também de milhões de resistentes da Geração Z, que foram desdenhados pela mídia israelense nos primeiros dias da guerra e descritos como “frívolos”.
Os responsáveis na ocupação nunca imaginaram que aplicativos como Telegram e TikTok, que originalmente eram aplicativos de música e dança, representariam qualquer perigo, especialmente depois que eles controlaram todos os meios de comunicação do mundo, agências de notícias internacionais, mídias sociais e plataformas de streaming ocidentais. Isso chegou ao ponto de padronizar um dicionário e um guia linguístico para as palavras que podem ser usadas na cobertura da guerra em Gaza, sem mencionar as medidas repressivas tomadas contra todos os influenciadores e criadores de conteúdo no mundo que apoiam a causa palestina, que foram descritas pela Anistia Internacional como preocupantes e uma forma de discriminação.
As postagens e vídeos inundaram as outras plataformas, o que paralisou os sistemas de controle automatizados diante dessa quantidade enorme, que excedeu 15 vezes o conteúdo de apoio a Israel. Isso levou os responsáveis israelenses a falar publicamente sobre os perigos da continuidade dessa situação para Israel, descrevendo-a como um perigo grave para a imagem de Israel no mundo e seu futuro.
Israel tentou durante de 75 anos transformar a causa da Palestina de uma causa humanitária global em uma causa árabe, depois palestina e depois em uma causa de Gaza. No entanto, a resistência do povo palestino e sua crença em enfrentar crimes bárbaros retornou a causa palestina da memória ao presente, e a causa da Palestina e do povo palestino tornou-se novamente uma causa humanitária global, uma causa de todos os livres do mundo.
